Apesar dos casos de violência, cidade não tem secretaria de segurança pública; sensação de insegurança aumentou entre a população
Moradores de Lages relataram, durante a caminhada do candidato Andrezinho Ceciliano (PT) nesta quarta-feira, o aumento na sensação de insegurança no bairro após casos de assaltos e tiroteios na região.
Paracambi é, tradicionalmente, reconhecida como uma cidade pacata da Baixada Fluminense. No entanto, episódios recentes têm tirado o sossego dos paracambienses.
Carla Martins, que mora no bairro de Lages, relata que a sensação de insegurança é frequente.
“Eu e minhas filhas já acordamos várias vezes de madrugada e tivemos que nos deitar no chão por conta de tiroteios”, conta a empreendedora de 40 anos. “Só saio na rua até 22h30. Hoje não tem mais a tranquilidade que tínhamos 20 anos atrás”, lamenta a moradora sobre a escalada da violência no município.
A estudante de Letras Nathalia Lima, que é mãe, conta que uma troca de tiros assustou os moradores na manhã do último sábado, dia da independência. “No horário que as crianças estavam saindo do desfile cívico, teve uma troca de tiros aqui no bairro. Me sinto muito insegura, até quando vou levar minha filha no parquinho eu fico com medo”, conta Nathalia.
Para o candidato à prefeitura Andrezinho Ceciliano (PT), mesmo com a fama de cidade pacata, é necessário haver esforço para estabelecer uma política de segurança pública no município, a fim de não permitir a chegada da violência.
“Além da criação de um Centro de Controle e Comando com tecnologia de reconhecimento facial e identificação de veículos roubados, também proponho criar uma secretaria de Segurança Pública, que não existe no município atualmente”, declara.
Andrezinho também destaca a importância de projetos que envolvam a juventude, como o Campeões do Futuro e Villa-Lobos, para que, por meio deles, um leque de oportunidades lhes seja apresentado e, dessa forma, afaste jovens do mundo do crime.
*Drogas à luz do dia e no meio da população*
A moradora Carla Martins também declarou que, no entorno da estação de Lages, há uma concentração de usuários de drogas. “Eu passo ali às sete da manhã e tem gente fumando droga. Não tem nenhuma autoridade pra cuidar da população”, enfatiza a empreendedora.