Foto: Divulgação / © DRAC Île-de-France / Nicolas Thouvenin
Após cinco anos de intensos trabalhos de restauração, a icônica Catedral de Notre-Dame de Paris reabriu suas portas neste sábado (7), marcando um momento histórico para a França e para o mundo. Entre as muitas histórias por trás dessa grandiosa recuperação, uma delas conecta diretamente o coração da capital francesa à cidade de Paracambi, na Baixada Fluminense. Carolina Ferreira, uma museóloga nascida e criada em Paracambi, foi uma das profissionais responsáveis pela preservação das preciosas relíquias da catedral, como contou em entrevista ao Fantástico, em edição transmitida neste domingo (8).
Nas redes sociais, Carolina destacou a importância do acesso a equipamentos educacionais como a Fábrica do Conhecimento, inaugurada na gestão do prefeito André Ceciliano (2001-2008). “Minha trajetória começou na Fábrica do Conhecimento com o IFRJ e a Escola de Música Villa-Lobos e essas experiências foram extremamente importantes na minha formação. Tenho muita sorte de ser paracambiense e levo nossa cidade no coração sempre”, escreveu em resposta a um post publicado nas redes do ex-prefeito.
Formada em museologia pela UNIRIO e mestre pela França, Carolina começou sua jornada em um ambiente repleto de história: Paracambi, cidade que guarda um patrimônio cultural singular na Baixada Fluminense. “Tenho muito orgulho de ser da Baixada Fluminense. Paracambi, apesar de pequena, é uma cidade que tem patrimônio histórico muito forte. Isso me inspirou a estudar essa área”, afirmou em entrevista ao Globo publicada nesta segunda (9). .
Em 2019, após o incêndio que destruiu parte da catedral, Carolina ingressou no time que ajudou a devolver Notre-Dame ao seu esplendor original. Sua principal função era cuidar da preservação das relíquias históricas, como a túnica de São Luís, símbolo da monarquia francesa, que sobreviveu ao fogo. “Felizmente, esses objetos passaram esses cinco anos em locais secretos”, disse.
A reabertura da catedral foi celebrada com uma cerimônia que reuniu líderes mundiais, como o presidente francês, Emmanuel Macron, o recém-eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, e Giorgia Meloni, primeira ministra da Itália. A reconstrução custou cerca de 770 milhões de dólares, provenientes de doações internacionais.