Uma das ações de governo que marcaram o crescimento das políticas para juventude em Paracambi foi o programa Campeões do Futuro, que chegou a atender 3.360 jovens entre 7 e 17 anos na cidade. O programa, inaugurado em 2001 pelo então prefeito André Ceciliano, funcionava em toda a cidade, da área urbana à rural, e contava com oito modalidades: futebol, futsal, karatê, vôlei, handbol, capoeira, natação e dança.



Um dos maiores destaques no programa foi o time de karatê, que chegou a competir nacionalmente, como o Brasileiro Inter-estilo, em Recife, com outros 1,5 mil atletas. Os jovens do Campeões do Futuro se tornaram campeões naquele presente: trouxeram SEIS MEDALHAS para Paracambi!
Quem fazia parte do karatê desde o início do projeto é o sensei Wallace Amarantes, também conhecido como Sapão. Depois que começou no Campeões do Futuro em 2001, primeiro ano do projeto, nunca mais parou: virou professor do grupo até o seu encerramento, em 2016, e competidor profissional, com 22 títulos brasileiros, três mundiais, três pan-americanos e dois sul-americanos e três mundiais.
Quando o Campeões do Futuro foi criado, o Karatê foi um dos esportes que ficou acessível para todos. Alguns amigos já praticavam, mas era particular e eu não tinha condições de pagar. Eu agradeço muito a Deus por esse projeto Campeonato do Futuro que abriu as portas.
Depois do fim do Campeões do Futuro, Wallace percebeu que precisava oferecer às crianças a mesma oportunidade que teve em 2001 com o Campeões do Futuro e criou o Amarante Karatê Shotokan, um projeto social de karatê com mais de 70 alunos, 40 deles competidores a nível estadual e nacional. “Fomos a melhor associação ano passado do Estado do Rio”, contou orgulhoso.



O time de karatê teve destaque, mas não foi único que trouxe medalhas para cidade! O time de basquete do Campeões do Futuro chegou a ser colocado como o 2º melhor nas Olimpíadas da Baixada, que aconteceu na cidade em 2007.



Além de medalhas, a prática de esportes promovida pelo programa trouxe outros benefícios para os participantes, como destacou a hoje psicopedagoga Wellita de Oliveira, que na época também praticava karatê:
O projeto me ajudou a desenvolver autoconfiança, autocontrole, disciplina e a ter relacionamentos interpessoais saudáveis, de qualidade
E esse era exatamente o objetivo do projeto: garantir às crianças e jovens o acesso a práticas esportivas e ao convívio social saudável, fortalecendo o processo de formação deles. Para participar do projeto, os alunos precisavam comprovar a frequência escolar e uma equipe era responsável por acompanhar o rendimento dos beneficiados na escola e no ambiente familiar.

