Segundo moradores, força nas caminhadas de Andrezinho e esvaziamento nas passeatas da candidata adversária levantaram questionamentos
Texto: Rian Delaia
Moradores de Paracambi reagiram, nesta quarta-feira, à decisão da Justiça Eleitoral pela impugnação da pesquisa de intenção de voto divulgada pela candidata apoiada pela prefeitura da cidade. A decisão do Tribunal Regional Eleitoral acusa inconsistência na metodologia que foi aplicada.
Apesar da intervenção da Justiça, a moradora Elisângela Brito afirma que já havia duvidado dos resultados desta pesquisa assim que viu a publicação. “Duvidei assim eu vi a pesquisa, porque pelo o que observo nas passeatas, aquele resultado não bate. Ela já fez uma passeata aqui na Guarajuba e foi muito mais vazia que as caminhadas do Andrezinho”, relatou.
Já a manicure Luciana de Assis conta que percebeu que havia algo de errado pois, entre os moradores da cidade, percebe-se um grande favoritismo pelo Andrezinho. “A gente vê por aí, ninguém está apoiando a campanha dela, está todo mundo contra esse governo e, ela sendo eleita vai se repetir o mesmo governo, né? A gente sabe que o Andrezinho está na frente, disparado, porque a gente vê nas caminhadas, a gente ouve o povo falando, só se fala no Andrezinho. Estão querendo enrolar o povo mais uma vez”, destaca a manicure sobre a pesquisa que indicava que a candidata da situação estaria à frente nas intenções de voto.
Durante a caminhada que realizou na noite desta quarta-feira no bairro da Guarajuba, o candidato Andrezinho Ceciliano comentou a decisão da justiça. Em sua fala, ele admitiu que temia que “a mentira deles ecoasse mais que a verdade” e destacou que a participação popular em sua campanha confirma a popularidade do candidato.
“A rua mostra! Estou muito feliz por termos desmascarado a mentira deles, porque a verdade sempre aparece e a mentira tem perna curta. O barco está afundando!”, acrescentou em discurso para a multidão que o acompanhava.
A decisão
O TRE determinou, nesta quarta-feira, que a candidata do Partido Liberal retirasse do ar a pesquisa anteriormente divulgada por ela. Segundo a decisão, há inconsistências na metodologia aplicada, o que interfere em resultados confiáveis.
O órgão determina algumas faixas etárias obrigatórias na realização de pesquisas de intenção de voto. No entanto, a pesquisa feita pela empresa MAPPA e divulgada pela candidata do Partido Liberal não entrevistou eleitores com idades entre 35 e 44 anos. “O plano amostral não contemplou, sem a apresentação de qualquer
justificativa, a faixa etária dos 35 a 44 anos, de modo que o resultado da pesquisa não permite
averiguar as intenções de voto de toda uma faixa etária bastante representativa da população”, consta na decisão judicial.