O Programa Estadual de Batalhas de Rima Educacionais está instituído no Estado do Rio. Essas batalhas têm como objetivo divulgar a cultura Hip Hop, cultura Rap, bem como fomentar a admiração da juventude pela cultura e incentivar o apreço e estudo da língua portuguesa como objeto de estudo e de lazer. É o que determina a Lei 10.384/24, sancionada pelo governador em exercício, Thiago Pampolha, e publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (20/05).
A medida foi proposta pelos deputados Dani Monteiro (PSol) e Andrezinho Ceciliano (PT), que cederam coautoria a outros parlamentares. “Esse programa é um instrumento poderoso de participação social. Ao promover batalhas de rimas nas escolas e espaços culturais, estamos oferecendo à comunidade escolar mais uma plataforma para se expressar e reivindicar”, comentou Andrezinho.
De acordo com a norma, o Governo do Estado poderá promover ações de divulgação, formação e capacitação, ligadas ao Rap, como cursos instrucionais de lírica, além de atividades que visem à discussão, à troca e ao debate de ideias relativas às políticas públicas para a juventude e para o movimento Hip-Hop. O Executivo poderá ainda promover e/ou patrocinar a realização das batalhas educacionais de rima nas escolas estaduais ou espaços culturais.
O programa não contará com quaisquer regras discriminatórias. As rimas contidas nessas batalhas não devem remeter apologia às drogas, ao crime, comentários pejorativos ou quaisquer outras desconformidades aos padrões de ética dos permissivos legais.
Entenda as batalhas
As batalhas de rima consistem em um enfrentamento entre dois MC’s, através da improvisação dos versos, frente a uma batida (beat), sendo o vencedor dessa batalha definido pelo público ou jurados anteriormente definidos no evento.
“Desde o início do movimento Hip-Hop nos Estados Unidos a batalha de rima se instaurou não como um movimento pejorativo, onde há um ataque direto à outra pessoa, mas como um ambiente que estimula o raciocínio rápido e desenvolvimento intelectual e social do participante”, explicou Dani Monteiro.
Foto: Divulgação/Alerj