Alerj aprova em primeira discussão projeto de lei que pode oficializar a homenagem. Tragédia completou cinco anos sem que nenhuma pessoa fosse punida criminalmente até hoje
O incêndio no alojamento das categorias de base do Flamengo completou cinco anos no dia 08 fevereiro. No local, conhecido como Ninho do Urubu, dez jovens morreram queimados. Para que o episódio não seja esquecido, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou nesta quinta-feira (16/05), em primeira discussão, um projeto de lei que inclui a data no calendário oficial do estado como o Dia em Homenagem aos Garotos do Ninho.
Daquele grupo, 16 sobreviveram, mas apenas três seguem com algum vínculo com o Flamengo: o volante Rayan Lucas, que este ano estreou no time principal, o goleiro Francisco Alves, herói da conquista do Brasileirão Sub-20, e Jhonata Ventura, que abandonou a carreira e trabalha na base do clube como analista de mercado.
Até hoje, nenhum dirigente foi punido criminalmente pela tragédia. Entre as famílias das vítimas fatais, nove fizeram acordos com o Flamengo. A mãe do goleiro Christian Esmério, então com 15 anos, não aceitou a proposta rubro-negra e aguarda uma decisão da Justiça.
Além de Christian, morreram Athila Paixão, 14 anos; Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas; 14 anos, Bernardo Pisetta; 14 anos; Christian Esmério; 15 anos, Gedson Santos, 14 anos; Jorge Eduardo Santos, 15 anos; Pablo Henrique da Silva Matos, 14 anos; Rykelmo de Souza Vianna, 16 anos; Samuel Thomas Rosa, 15 anos; e Vitor Isaías, 15 anos.
“Jovens com idade entre 14 e 17 anos, com um futuro brilhante pela frente, cheios de alegria e sonhos tiveram seu futuro interrompido. Os dez jovens que faleceram neste dia trágico estarão para sempre na lembrança da torcida do Flamengo e da população”, comentou o deputado Andrezinho Ceciliano (PT), autor da proposta.
* Este texto reproduz na íntegra o texto publicado no portal Agenda do Poder em 16/05/24.